quarta-feira, 10 de março de 2010

deitei-me na minha forma

Como deveria estender-me ao meu desejo, soletrar as tuas formas e perceber o único sentido da tua voz. Da minha presença retiro o corpo, deixo-te uma essência, que te acompanha na orla da tua solidão. Para me descrever, uso a sombra e entrego-me à melancolia das árvores. Sou tão simples quanto a primeira linha do teu propósito.

1 comentário:

pajO disse...

... e tudo cabe na orla da solidão desde que a solidão seja um território proprietário e ocupado.
Na solidão vazia, não existe orla, as fronteiras estão esmorecidas e não se lhes conhece a dimensão... o infinito fica apertado e super populado.

Abraço amigo.