segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
em dias de sonho busco o mar
Como correm os rios em noites frias e levam as palavras que não queremos. Os meus olhos transitam por desvios de subtis vontades. Ouço as melodias de uma voz que me segreda tentações tão ténues quanto a minha respiração. Quero acreditar que se pode viver toda uma vida dentro de um poema.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
se me deres nome, peço-te verbo
Queria ser o sol em estado puro. Elevar-me em finas linhas, envolvendo-me em bulícios de risos loucos. O que suspende a nossa melancolia é uma franzina memória. É em tardes de pura inércia que o sulco do nosso nome se pronúncia e nessas mesmas tardes o violoncelo se inscreve em redundantes avisos de fragilidade soturna. Prometo passar nas margens do vosso rio em despercebidas presenças.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
vou beijar sonhos de praias desertas
E se no centro da nossa presença se instalasse um coreto com a banda que nos musicou a infância. Junto-me ao frio e despisto-me em suaves percursos do meu propósito, acreditando nas maledicências da cidade. Escrevo tumultos em formatos tímidos para que se presenciem cenas de franzinos amores. Para que o tempo se estenda, solto páginas e desdobro histórias em longos serões.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
se por dentro da manhã se puder escolher, eu sorrio
Desço ao limite das linhas de plenitude onde se pode avistar limbos soltos e seguro-me na última melancolia que por ali habita. Planto rosas escribas e soletro-lhes fragmentos de delitos cometidos em leitos alheios. A este vento que transporto sugiro sopros de fuga branda, que persigam a leveza do silêncio matinal.
sábado, 2 de janeiro de 2010
para que os desejos não sejam anuais
De que mito vive o sonho, na esperança que a luz seja a única justificação do sentimento. Parece tão simples principiar as manhãs envolto em brisas tão festivas. O que envolve a noite dá-lhe passos finos e atrai-nos para os seus meandros. Voltarei a fugir à minha paisagem enquanto livre presença do meu desejo.
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