segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

em dias de sonho busco o mar

Como correm os rios em noites frias e levam as palavras que não queremos. Os meus olhos transitam por desvios de subtis vontades. Ouço as melodias de uma voz que me segreda tentações tão ténues quanto a minha respiração. Quero acreditar que se pode viver toda uma vida dentro de um poema.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

fotografia



fotografia 1999; sem título; 160x120 cm

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

fotografias



fotografia 1999; sem título; 160x120 cm

terça-feira, 12 de janeiro de 2010



fotografia de 1999; sem título; 12ox120 cm

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

se me deres nome, peço-te verbo

Queria ser o sol em estado puro. Elevar-me em finas linhas, envolvendo-me em bulícios de risos loucos. O que suspende a nossa melancolia é uma franzina memória. É em tardes de pura inércia que o sulco do nosso nome se pronúncia e nessas mesmas tardes o violoncelo se inscreve em redundantes avisos de fragilidade soturna. Prometo passar nas margens do vosso rio em despercebidas presenças.

fotografias



fotografia de 1999; sem título; 120x120 cm

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

vou beijar sonhos de praias desertas

E se no centro da nossa presença se instalasse um coreto com a banda que nos musicou a infância. Junto-me ao frio e despisto-me em suaves percursos do meu propósito, acreditando nas maledicências da cidade. Escrevo tumultos em formatos tímidos para que se presenciem cenas de franzinos amores. Para que o tempo se estenda, solto páginas e desdobro histórias em longos serões.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010



tinta permanente e aguada s/papel; s/título; 2009; 29,7x21 cm

terça-feira, 5 de janeiro de 2010



tinta permanente e aguada s/papel; s/título; 2009; 29,7x21 cm

se por dentro da manhã se puder escolher, eu sorrio

Desço ao limite das linhas de plenitude onde se pode avistar limbos soltos e seguro-me na última melancolia que por ali habita. Planto rosas escribas e soletro-lhes fragmentos de delitos cometidos em leitos alheios. A este vento que transporto sugiro sopros de fuga branda, que persigam a leveza do silêncio matinal.

sábado, 2 de janeiro de 2010

para que os desejos não sejam anuais

De que mito vive o sonho, na esperança que a luz seja a única justificação do sentimento. Parece tão simples principiar as manhãs envolto em brisas tão festivas. O que envolve a noite dá-lhe passos finos e atrai-nos para os seus meandros. Voltarei a fugir à minha paisagem enquanto livre presença do meu desejo.