terça-feira, 27 de outubro de 2009

há nas tardes rebentos de solidão

Seria tão simples ter-me diluído sem limites. O agasalho que desejo é de uma densa penumbra. Agora vejo a paisagem acender-se sem limites, ao mesmo tempo que me desvio para um denso nevoeiro. Soletro risos de solidão e respondo ao propósito de possuir nome próprio. Parece-me sempre cedo para que a noite se afirme e com ela os silêncios guardados. Presto-me ao simples esboço de uma presença, para que o âmago se confunda com a sombra.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostaria de guardar, no melhor sítio lá de casa, o livro, que um dia surgirá, com estes textos e desenhos.