quarta-feira, 29 de julho de 2009

posso dizer para onde vou sonhar

Se eu soubesse o que me faz viver, estaria depositado na minha ilusão. Permito às minhas lágrimas levarem o segredo. O desvendar das manhãs é plúmbeo e de sentido melancólico. Pus no meu verso as únicas palavras de medo ténue e despi a memória. Ao meu grito dou os saudosos sussurros do límpido desejo.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos"

Livro do Desassossego
X

Anónimo disse...

"não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas e montanhas cinzentas
(...)
não posso adiar para outro século a minha vida"

in poesia António Ramos Rosa