segunda-feira, 26 de julho de 2010

pinturas recentes para expo em Madrid



acrílico e tinta da china s/tela; 100x100 cm; 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Persigam frases soltas

Volto ao recreio do meu devaneio e por lá me é devolvido o medo. As minhas mãos deslizam em quimeras tão livres quanto a luz que oculta a noite. Em que fábula seria seguro encantar-me e permanecer principiante da ilusão. Quero nos meus dias sussurros soltos e um mar que me devolva a leveza do teu verbo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

abro pequenas réplicas do desejo

Sinto-me apaixonado pelo silêncio da solidão. Quero deixar-me reflectido nas gotas de orvalho que te despertam matinalmente. Ver-me revisitar as tardes onde perdi os versos e despedi a melancolia. Sorrio tão delicadamente ao fantasma da memória e dedico-lhe o ensejo. Se por entre a minha hora se despisse o mistério, guardaria o instante da simplicidade. O tempo está no meu rosto e no segredo dos teus olhos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ainda sou dúvida da respiração

Apetece-me levar o sol ao teu rosto e realçar-te a subtil forma da origem. Como se por dentro de mim pudesse estar o teu corpo e na ausência do teu beijo a minha solidão. Em cada palavra há um habitáculo que resguarda as emoções. Que ausência mais nobre a do barqueiro, espero-o incansavelmente para atravessar o teu rio.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

depois digo ser o próprio

Quando o amor é eterno, soletram-se horas suavemente e na nossa pele fica a distância da luz pura dos dias. Sempre que respiro o meu nome, fito-me na ressonância do meu corpo. Para que o mar me responda leio-lhe sílabas de olhares soltos e deixo-lhe a última letra do meu hino. Agora digo ser somente vacuidade e solto-me da vida em queda livre.

terça-feira, 8 de junho de 2010

posso ter risos de proximidade

Qual é a cor do nome senão a verdadeira projecção de um ser. Parece tão esguio o limite do olhar, onde o infinito inicia a eternidade. Trago sempre nos bolsos os bilhetes que me foram entregues em dia de jejuns vadios, são palavras de um incentivo melódico. O mar é dos teus olhos e a maré será sempre a minha presença no teu desejo.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Devo prever o regresso da infância

Passei por registos de frias horas e suspeitei da denúncia abrigada na respiração. Que ternura poderia servir a viagem dos sentidos partilhados. Ao abraço do louco retiro-lhe a feição e guardo-o na margem do meu corpo. Porque se despem os dias em insinuações e soletramos presenças induzidos em desassossego. No átrio do meu âmago há um certo silêncio que se guarda, pertence-te.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

viagem por Caracas, Venezuela.


texturas das presenças de vidas


subtilezas nas ruas de Caracas


viagens na cidade de Caracas

terça-feira, 18 de maio de 2010

corro dentro das sombras

Se nas medidas do teu sonho se delinear a forma do meu desígnio, soletra-me e sobrevoarei a tua plenitude. Os dias despedem-se sem os termos visitado e as alvoradas integram-nos nas suas melancolias. Fui a verdade que se esbateu na forma da infância e permaneço na respiração do deslumbramento. Posso pedir brisas e até mesmo neblinas soltas, serei sempre o segredo da minha vontade.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

fui ao recreio da infância

Delicio-me a estender luz no corpo, enganando as sombras nos recortes das formas. Às vezes diluo-me num lago que pertence a uma fantasia perpétua. Se o mar me visitar devolvo-lhe o meu vulto e respirarei as brumas em marés altas. Não tenho memória das horas do meu propósito e refugio-me num leito alheio à minha exiguidade. Enviem-me as minhas feições para lhes sobrevoar a existência, quero-lhes o âmago.