domingo, 31 de maio de 2009
respondo a um suspiro
Ando a preparar um catálogo de sonhos. Afinal os momentos dispersam-se nas particularidades das memórias. Suspendem-se em fios finos, numas formas que ladeiam a existência. Em que instante se instala no íntimo a seriedade do adulto. Continuo a deixar o fluxo do infantil prevalecer na minha respiração de vida. A brisa nocturna é um parente próximo.
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2 comentários:
Adoro a tua escrita!
Já te disse isto, não disse?
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
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