segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

fotografias



fotografia de 1999; sem título; 120x120 cm

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

vou beijar sonhos de praias desertas

E se no centro da nossa presença se instalasse um coreto com a banda que nos musicou a infância. Junto-me ao frio e despisto-me em suaves percursos do meu propósito, acreditando nas maledicências da cidade. Escrevo tumultos em formatos tímidos para que se presenciem cenas de franzinos amores. Para que o tempo se estenda, solto páginas e desdobro histórias em longos serões.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010



tinta permanente e aguada s/papel; s/título; 2009; 29,7x21 cm

terça-feira, 5 de janeiro de 2010



tinta permanente e aguada s/papel; s/título; 2009; 29,7x21 cm

se por dentro da manhã se puder escolher, eu sorrio

Desço ao limite das linhas de plenitude onde se pode avistar limbos soltos e seguro-me na última melancolia que por ali habita. Planto rosas escribas e soletro-lhes fragmentos de delitos cometidos em leitos alheios. A este vento que transporto sugiro sopros de fuga branda, que persigam a leveza do silêncio matinal.

sábado, 2 de janeiro de 2010

para que os desejos não sejam anuais

De que mito vive o sonho, na esperança que a luz seja a única justificação do sentimento. Parece tão simples principiar as manhãs envolto em brisas tão festivas. O que envolve a noite dá-lhe passos finos e atrai-nos para os seus meandros. Voltarei a fugir à minha paisagem enquanto livre presença do meu desejo.

domingo, 27 de dezembro de 2009

que sonho o que se espelha na água

Uma das noites em que me revi em linhas soltas, despi-me de sombras. Parece tão limpa a luz da lua e o seus reflexos premeditados. Desço a rua e despeço-me das principais palavras que soletro com suavidade.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

de que figura se faz uma verdade

Sou aquilo que não possuo. Reformulo constantemente a primeira forma, como se dela quisesse construir o todo. Lembro dias inexistentes como parte do meu passado. Assemelho-me às melodias de uma tradição retida no horizonte. Ainda vejo o cimo da minha vontade e dele tenho uma imagem poética. Por hoje asseguro a bruma de um sonho.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

faria o tempo estender-se em paisagem plena

Como se devolvem as marés ao respeito da sua forma e se permitem tardes de melancolia. Ao meu hino facultei murmúrios de leve aparência. Estão tão simplesmente despidas as palavras da minha vontade. Consta que ainda se consente o desejo de atravessar a memória em livre voo. Da minha voz apenas a intenção se revela verdadeira.

para que se revelam imagens?

de repente as sombras são primárias revelações e obrigam à permanência da vontade. Quando o frio se instalar servirei vinho quente e responderei aos meus estímulos.